aconchego ao ler Anne

Em um post passado eu mencionei que queria falar mais por aqui sobre como os livros de Anne se tornaram importantes para mim e aqui estou. Este não é um post de resenha ou algo assim, é mais um coração aberto mesmo (o que acabou de me fazer lembrar quando fiz algo parecido lá no meu antigo blog, quando assisti à série e contei como me marcou. Enfim, o ciclo se repete, hihi!)

Confesso que quando ouvi falar que a série era baseada em livros, inicialmente, eu não me interessei muito, já que foram escritos há tanto tempo atrás. Pensava que a leitura seria enfadonha ou qualquer coisa semelhante. Em algum momento a vontade despertou e posteriormente eu finalmente os adquiri. Com eles em mãos havia uma empolgação crescente e um leve receio de estar criando expectativas demais, de talvez me decepcionar e não ser como eu imaginava. Entre esse conflito, embarquei na história e pude me ver muito apegada.

Acho que o que mais gosto nestes livros é poder acompanhar uma narrativa que nem mesmo é cheia de grandes mistérios e suspenses, não são páginas que nos alimentam a curiosidade para desvendar um final, mas uma história simples, com vários acontecimentos do cotidiano dos personagens, da pequena Avonlea; com momentos engraçados, felizes, tristes, embaraçosos. Eu leio imaginando como tudo aquilo poderia ser real, pois é de fato perto da realidade, mesmo se passando em anos tão longínquos. Gosto de como é leve e aconchegante, eu facilmente gostaria de estar ali, ainda mais quando são descritas as paisagens e a natureza tão rica e envolvente. Claro que tudo é muito ressaltado pelos olhos delicados da Anne, que me ensina sobre admirar os detalhes, ser feliz com o simples, usar a imaginação com poesia. É maravilhoso imergir em páginas que me trazem esse respiro e tranquilidade, eu me apaixono de verdade!

Eu já li os três primeiros e espero logo ler o quarto, o Anne de Windy Poplars. Acho tão fascinante ter esse alcance por tantos anos da vida dos personagens! Dificilmente temos séries tão longas e que contem bem além, me deixa feliz essa possibilidade de ver as mudanças, os sonhos se concretizando, outros tão distintos surgirem. A vida é mesmo assim, mutável, imprevisível, conceitos indo e vindo e é algo bom, mesmo sendo assustador (mudanças também deixam vocês assustados?). Só me faz refletir, para variar.

Eu me encanto bastante com a ideia do campo, o natural, o desacelerar, então com certeza influencia a minha relação com os livros. Sei que para muitos pode ser mais monótono justamente pela ausência de tanta ação, mas não foi o meu caso. Estas coisas me cativam muito e me trazem este conforto. 

Meu coração se aquece com a leitura de Anne e espero que prossiga assim até o último livro. Posso imaginar quanta coisa diferente me aguarda sobre a vida de todos eles! Me imagino lendo e relendo tantas vezes e acredito que irão sempre me acompanhar. Agora ocupam um espaço enorme entre meus favoritos e não consigo os ver longe disso.

Bem, eu amo falar de Anne e refletir sobre, e acabo soando um pouco repetitiva, pra dizer o mínimo! Espero que tenham gostado de ler parte da minha experiência, e não deixem de comentar caso já tenham lido, assistido à série, ou apenas tenham pensado sobre. Eu vou amar saber, não tenham dúvidas disso.

Há alguns meses compartilhei um trecho do segundo livro por aqui, gostaria de deixar a recomendação para quem não viu. Tanto carinho por ele!

Abraços,

Any.

P.S.: se alguém quiser me convidar para ir à "Ilha do Príncipe Eduardo" eu aceito na mesma hora, obrigada.