25.10.22

Essa metamorfose


É desafiador entender que as coisas mudam. Entender que pessoas vêm e vão e que o ciclo da vida é assim mesmo. E tá tudo bem, caminhos tendem a se distanciar e isso não significa jogar fora o que foi vivido. Às vezes não entendo porque laços se mostram afrouxados, às vezes me vejo criando teorias demais, porém de forma mais básica e simples eu percebo que é sobre seguir, sobre estar em contexto divergente. Visão de mundo é algo muito particular e quando a gente se fecha na nossa é difícil visualizar fora da bolha. Aprender a respeitar as idas e vindas, vindas e idas, é um processo de fato. É necessário olhar pro outro com olhos  mais empáticos e nos despir um pouco do nosso eu que busca apenas os próprios interesses. Mudar faz parte, e como precisamos mudar pra melhor.  

Tento me culpar menos por trilhar longe de alguns que antes estavam aqui. Parar de procurar erros onde talvez nem exista. Eu poderia ter procurado mais, perguntado mais, preservado, quem sabe. Mas forçar nunca foi alternativa e talvez o curso natural das coisas seja esse mesmo. Quero enxergar com mais leveza e dar os devidos "ois" com sincera saudade. Parar de achar que existe alguma intriga onde nem se houve conversa mal falada.

E tá tudo bem deixar voar quem não deseja permanecer no presente. Porque talvez seja melhor preservar com carinho o que passou e não criar um espaço para caos desnecessário.  

Alterações são difíceis, mas se tanto me ocorreu nos últimos meses e anos e até semanas, como poderia não entender que os resultados alheios e partilhados também se transformam?      

Any

6 comentários:

  1. Espero que esteja tudo bem, o texto me pareceu ser meio triste. Ou seria para aparecer mesmo? De qualquer modo, muito bem escrito por sinal.

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    1. Oii Paloma! Tudo bem sim e contigo? Acabou sendo uma reflexão meio triste sim de algumas coisas que vi acontecendo ao meu redor, vendo pessoas se distanciando, mas como disse, venho procurando entender que faz parte e que está tudo bem, apesar de incômodo muitas vezes.
      Te agradeço demais pelo comentário, elogio, e também pela gentileza em perguntar. Obrigada mesmo :)
      Abraço pra ti.

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  2. Interessante o texto e engraçado porque escrevi algo parecido mas de uma outra visão. Acho que o que importa não é bem o que aconteceu, mas o que fica. O que deixaram em você e o que você deixou no outro depois que cada um vai para um lado.

    https://www.heyimwiththeband.com.br/

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    1. Oii Val! Acredito que a maior diferença no caso do que eu escrevi é que de fato não aconteceu nada para que a ida para diferentes lados deixe uma marca ruim, porque foi apenas o curso natural da vida, então acho importante que fiquem os bons momentos vividos. Em contrapartida, concordo com a sua visão de já não levar tão em conta o que aconteceu antes, já que o antes era coberto por uma máscara que você não sabia existir e o que fica é a forma como tudo foi descartado de um jeito tão cruel. Acaba que sim, o que fica envolve um amargo nem um pouco desejado.
      Obrigada por comentar e saiba que continuo desejando o melhor pra ti nesse momento <3

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  3. Eu também tenho muita dificuldade de deixar as coisas/pessoas irem. Ainda acho que o "certo" era ser eterno. Uma amizade, um casamento, poder contar com certas pessoas ou objetos. Mas é muito importante aceitar que tudo é volátil. Eu ainda não aceitei. Só que a vida me ensina por bem ou por mal rs

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    1. Oii Clau! A gente acaba sendo muito apegada às coisas, o que muitas vezes é bom, porque mostra o valor que damos ao que dizemos ser importante, mas em contrapartida temos dificuldade de deixar ir o que precisamos deixar.
      Que a gente vá aprendendo a praticar quando devemos aplicar cada um dos lados.
      Obrigada por comentar e abraço pra você <3

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