4.8.20

[Poesia] Não há o que temer


encarei o futuro como quem 
encara um desconhecido por
pura diversão

por ironia ele acabou
sustentando meu olhar de volta
e me peguei constrangida 

inicialmente
pois logo vi o medo me cercando os lados
ele fez cara séria
firme na intimidação
e vi a ansiedade me cobrir com seu manto espesso

a luminosidade diurna foi largando o expediente
se despedindo com gentileza
como quem não conhece a escuridão por vir

o que aquele ser frio e 
armado com olhar duro não sabia
era que no bolso do casaco eu guardei algo
uma pequena Lanterna que me salvaria da noite intensa e desgastante à frente
me levaria de volta para o conforto do lar
me presentearia com esperança
e uma bússola de confiança para nortear meu caminhar.

✧✧✧✧✧✧

Abraços,
Any!

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